Adasa promove reunião anual de alocação de água no Pipiripau

 
001Na tarde desta terça-feira, (18/06), a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) promoveu reunião com os usuários da bacia hidrográfica do Pipiripau para apresentação da curva de projeção do decaimento do rio Pipiripau e das regras de alocação da água propostas para o período seco de 2024. O encontro aconteceu na sede da Associação dos Usuários do Canal Santos Dumont.
 
Para garantir o acesso equitativo ao recurso hídrico durante o período de estiagem, os técnicos da Adasa explicaram o funcionamento e a importância das regras de alocação, bem como as características dos estados hidrológicos verde, amarelo e vermelho. 
 
No estado hidrológico verde, os usos outorgados são garantidos; no amarelo, as condições de uso serão estabelecidas no termo de alocação anual de água; e no estado vermelho, as regras são bastante rigorosas em razão de situação severa de escassez hídrica. Neste caso, os usos dos recursos são estabelecidos pela Adasa e/ou ANA conforme a situação. 
 
Diante do exposto, os participantes optaram por manter as regras de alocação utilizadas desde 2020.
 
Em seguida, os técnicos da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) apresentaram as melhorias de infraestrutura de abastecimento de água para aumento da vazão no sistema e consequente menor dependência da captação do Ribeirão Pipiripau, reduzindo o conflito com os irrigantes da bacia.
 
A Comissão de Acompanhamento da Alocação é composta atualmente por membros da Emater-DF (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), Seagri (Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), representantes da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Comitê do Paranaíba e produtores rurais, e tem por o objetivo gerenciar a água de forma eficiente na região. Ela permite que os usuários da bacia trabalhem juntos para gerenciar a água, sem precisar procurar diretamente a Adasa, o que garante uma gestão mais eficaz e colaborativa do recurso na bacia.
 
Para Fabio Issao, produtor da região, as regras de alocação são fundamentais para o gerenciamento eficiente da água. "Ao invés de plantar mais, é preciso reduzir o consumo para manter o que já tem e intercalar o uso para não faltar água para ninguém. Além disso, a tubulação do Canal Santos Dumont também foi muito importante para o planejamento dos plantios, porque antes, com o canal aberto, havia muita perda hídrica, que chegava a 60% do total. Como diversas vezes a água nem chegava ao final do canal, gerava muitos conflitos entre os produtores. Muita gente acabou desistindo de produzir aqui por causa dessas questões relacionadas à água”, lembrou.
 
Segundo o vice-presidente da Associação dos Produtores Rurais do Pipiripau, Ednei do Prado, essas reuniões são muito importantes para manter os produtores atualizados. "Com o esquema de rodízio bem estabelecido e as regras do jogo claras, podemos aplicar as melhores práticas”, concluiu.
 
A alocação de água pode ser entendida, portanto, como uma ferramenta de gestão que objetiva o fornecimento de água aos atuais e futuros usuários de recursos hídricos, compatibilizando as respectivas ofertas e demandas, em alinhamento aos objetivos estratégicos da gestão do recurso.
 

Assessoria de Comunicação Institucional (ACI)
(61) 3961-4972/4909/5084 ou 3966-7514/7507
aci@adasa.df.gov.br