Na manhã desta quinta-feira (29/06), o presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro, recebeu a diretora executiva da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap DF), Deuselita Martins e a chefe do Núcleo de Contratos e Convênios da Funap - DF, Sebastiana Franco de Sousa. O encontrou foi motivado pela necessidade de ampliar a inserção de reeducandos no mercado de trabalho em todo Distrito Federal.

Desde 2008, a Adasa é parceira da Funap para a ressocialização de sentenciados, por meio da prestação de serviços. São cinco vagas de trabalho para reeducandos nos setores de serviços gerais, manutenção, copa e apoio, com previsão de ampliação para sete. Além disso, cinco egressos, que cumprem pena no regime aberto e semiaberto, mantêm vínculo empregatício com empresas que prestam serviços à Agência.

"É comum cometermos o erro de pensar que essas pessoas vão passar o resto da vida na prisão, quando na verdade, todas sairão um dia. E temos que ter consciência sobre a importância da reeducação e da reinserção delas no mercado de trabalho para que possam ter vida digna e não retornem mais ao sistema prisional”, refletiu o diretor presidente da Adasa.

Uma das preocupações de Ribeiro se baseia justamente na finalização do cumprimento da pena, uma vez que muitos costumam ficar desempregados após o encerramento do contrato com o programa de ressocialização da Funap. 

Segundo Deuselita, a FUNAP-DF possui atualmente mais de 68 (sessenta e oito) contratos de prestação de serviços com diversos órgãos públicos do Distrito Federal, Governo Federal, Judiciário e empresas privadas, que utilizam da mão de obra dos sentenciados. “Hoje temos mais de 2500 presos inseridos no mercado de trabalho e uma lista de mais de 1500 no cadastro à espera de uma oportunidade”, detalhou. “E o que eu mais desejo é reduzir essa fila de espera”, concluiu.

Além da redução no tempo de encarceramento, os apenados que participam do programa de trabalho externo, são remunerados com uma bolsa ressocialização, a partir de 01 (um) salário mínimo, mais os auxílios alimentação e transporte. A cada três dias trabalhados, os detentos ganham um dia na redução da pena. 

“Com certeza a mudança de vida começa por meio desse projeto”, compartilhou uma das contratadas da Adasa que já fez parte do programa de ressocialização. E finaliza: “O que a Adasa me deu foi realmente uma oportunidade única de crescimento e valorização, como pessoa e profissional”.