Monitoramento de Águas Urbanas

   

Desde 2009, a Adasa realiza o monitoramento da qualidade da água. Inicialmente, a Agência realizava o acompanhamento sistemático da qualidade da água dos mananciais superficiais e aquíferos subterrâneos. Em 2015, a Adasa ampliou o monitoramento com a avaliação dos lançamentos provenientes de redes de drenagem pluvial urbana e de reservatórios de detenção, no Distrito Federal.

A promoção da qualidade dos serviços de saneamento básico em benefício da sociedade está prevista na Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, e nas alterações propostas pela Lei Federal nº 14.026, de 15 de julho de 2020. Pelo atual marco legal, os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base no princípio de disponibilidade, nas áreas urbanas, de serviços públicos de drenagem e manejo de águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado.

A prestação dos serviços deverá atender a requisitos mínimos de qualidade, incluindo a regularidade, a continuidade e aqueles relativos aos produtos oferecidos, ao atendimento dos usuários e às condições operacionais e de manutenção dos sistemas, de acordo com as normas regulamentares e contratuais.

Pesquisas realizadas sobre a origem da poluição hídrica em áreas urbanizadas, no Brasil, demonstram que a maior parcela das cargas poluidoras atinge os rios urbanos pela rede de drenagem e têm como origem, mesmo em sistemas separadores, os esgotos sanitários (decorrentes principalmente de ligações cruzadas e perdas na rede de esgotos) e a poluição difusa.

Nesse contexto, a Superintendência de Drenagem Urbana – SDU – realiza o monitoramento de qualidade das águas urbanas. Esse foi planejado em função da sazonalidade das chuvas, bastante característica no DF. Assim, a rede de monitoramento estabelecida contempla 220 pontos localizados em sua maioria em poços de visitas distribuídos em todas as regiões administrativas do Distrito Federal, e permite a avaliação tanto no período chuvoso quanto em tempo de estiagem, com o intuito de caracterizar a qualidade das águas pluviais urbanas, por bacia hidrográfica, e investigar a ocorrência de poluição difusa.

São considerados os meses de outubro a março para o monitoramento do período chuvoso. Ao longo desses 6 meses, foram fixados 50 pontos para monitoramento, sendo 18 pontos na bacia do Lago Paranoá e 32, distribuídos nas demais bacias: Alto Rio São Bartolomeu, Córrego Bananal, Riacho Fundo, Ribeirão das Pedras, Ribeirão do Gama, Ribeirão do Torto, Ribeirão Papuda, Ribeirão Ponte Alta, Ribeirão Sobradinho, Rio Alagado, Rio Descoberto, Rio Melchior, Rio Santa Maria. Para o tempo seco, o monitoramento ocorre nos meses de abril a setembro, onde foi realizada uma inspeção única em cada um dos 220 pontos, distribuídos nas 14 bacias hidrográficas (92 pontos na bacia do Lago Paranoá e 128 pontos nas demais bacias).   

Em breve a Superintendência de Drenagem Urbana publicará boletins informativos com o resultado do monitoramento realizado.

 

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Figura 1 - Distribuição dos 220 pontos de monitoramento da qualidade das águas de interesse da drenagem urbana.

 

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Figura 2 – Exemplo de pontos de monitoramento de águas urbanas de interesse da drenagem urbana.